VILA FLOR SC 2-1 GD MONCORVO

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Divisão de Honra - AFB
14ª Jornada
Estádio Municipal de Vila Flor
Ao intervalo: 1-1
Jogaram: Mário, Saul, Filipe, Bola, Ricardo, Rafael Santana (Brown), Luiz Henrique, João Paulo, Zé Carvalho, René (Rafael Carvalho) e Marco Fontoura (Gabriel Rossi)
Não utilizados: Pinheiro, Lalá, Tavinho Rodrigues e Sandro
Treinador: Gilberto Gomes
Golos: Zé Carvalho e René
Cartão vermelho por acumulação de amarelos a: Filipe


Jogo de enorme aitude, crença fantástica, espírito de entreaajuda brutal e envolvência especial. O Municipal de Vila Flor teve perto de 300 espectadores, alguns deles vindos de Moncorvo, vila vizinha e historicamente ligada a Vila Flor. O adversário era de respeito - havia sido a equipa que nos ganhara a primeira vez neste campeonato e a que o fez por maior diferença (4-1), além de no nosso entender ser das mais fortes coletivamente e individualmente, saltando à vista os dois extremos da equipa: o desequilibrador Branquinho e o melhor marcador do campeonato, Valadares.

Da nossa parte, tínhamos finalmente banco cheio. Apesar do castigo do Stigas e da doença do Sérgio, não nos faltaram opções e todas de qualidade. Ricardo foi a escolha para lateral-esquerdo, ele que é um extremo de raíz. Rafael Santana, vindo recentemente do Brasil, jogou a trinco. Surpresa pela exclusão de Lalá e Rafael, por opção técnica. A tática ruiu logo nos primeiros minutos. Penálti para o Moncorvo por mão de Filipe, que ainda que carregado, tocou efetivamente na bola com a mão. O Moncorvo saía a ganhar e dificultava-nos ainda mais a tarefa. Os primeiros 25 minutos foram para esquecer. Os passes não saíam, envolvência era muito curta, profundidade praticamente nula. Em alta estava apenas o nervosimo, tavez pelo nome do adversário e por não contarmos com um golo tão cedo. Mário e Bola desentenderam-se e o Moncorvo quase fazia o segundo. O tremelique aumentava e só foi passando já depois dos 25 minutos de jogo, muito por causa do Zé Carvalho, que desequilibrou que se fartou, especialmente depois de ter empatado, na sequência de uma ressalto após pontapé de canto. Ganhamos moral e tivemos, especialmente pelo Zé, mais alguns remates que poderiam ter terminado na baliza. Fontoura também crescia e de livre atirou a rasar o poste. Entretanto, já o Luiz Henrique era o rei do meio-campo e o João Paulo assumia as rédeas da transição e da ajuda aos laterais, que bem precisavam. Finalmente encaixávamos. A segunda parte seria melhor.

E foi, pelo menos ao nível do resultado. Exibicionalmente fomos equilibrados com o Moncorvo. Fomos piores nos últimos 25 minutos, é certo, mas já estávamos a ganhar e era ao adversário que competia atacar. A vantagem devemos agradecer à dupa de ataque René/Fontoura. A insistência foi do segundo, o passe a rasgar a defesa também. O burquinês rematou na passada, de primeira, para o seu sétimo no campeonato. Se o da primeira parte, num lance idêntico, tivesse sido validado, seriam oito. Depois encostámos por causa do chuveirinho do Moncorvo. Os centrais assumiram-se nessa parte: boa estreia do Bola, grande exibição do Filipe. Mário apareceu para evitar um golo de livre direto com um voo espetacular. Os laterais acertaram a marcação e o meio.campo encostou atrás. Nessa altura, o Moncorvo atacava com o coração (e durante o jogo, com razão, poucas vezes o fez). Semeava o pânico, é certo, mas sempre sem definição para conseguir um lance verdadeiramente assustador. A expulsão (injusta) do Filipe complicou. O Moncorvo apertava e era necessário reforçar o eixo e com centímetros. O cartão amarelo que o Lalá viu enquanto aquecia não lhe permitiu entrar. Entrou o Rafael Carvalho, fundamental para segurar o resultado no final e permitir então comemorar este triunfo, que esperamos ser o primeiro de muitos nos próximos tempos, pelo menos os suficientes para nos devolverem ao topo.


PS: Mais fotos em breve