VILA FLOR SC 2-2 MINAS DE ARGOZELO

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Divisão de Honra AFB
20ª Jornada
Estádio Municipal de Vila Flor
Ao intervalo: 1-1
Jogaram: Mário, Saul, Bola, Filipe, Stigas, Rafael (Ricardo), Luiz Henriqe, Guga, Zé Carvalho (Tavinho Rodrigues), Marco Fontoura e René (Sérgio)
Não utilizados: Henrique, Rafael Carvalho, Brown e Sandro
Treinador: Gilberto Gomes
Golos: René e Tavinho Rodrigues

Queríamos muito ganhar para poder chegar à última jornada em vantagem sobre os Africanos do IPB  na luta pela subida. Não conseguimos. Não fomos suficientemente bons, há que reconhecê-lo. Mas a verdade é que quando o fomos também não nos deixaram ser. Os primeiros 25 minutos foram bastante consistentes: muita posse de bola, jogo completamente dominado, dois golos marcados e um adversário expulso. Correção: devia ter sido assim. Mas só o primeiro golo foi oficial. E que grande golo, por sinal, do René, que parte da direita para o meio e, de esquerda, coloca a bola no ângulo. Plateia (mais de 300 pessoas) ao rubro e tudo bem encaminhado. A seguir, 2x1 a nosso favor, com o René a sair no 1x1 e a ser travado em falta à entrada da área quando ficariam dois vilaflorenses para o guarda-redes Armando. Falta assinalada, livre direto muito perigoso para nós. Amarelo ou vermelho para o central do Argozelo? Nada. O árbitro Diogo Mesquita, estudante do IPB, que disputa connosco a subida de divisão, achou que devia apenas assinalar falta. Moral da história: René arrumado para o resto do jogo por lesão, Argozelo com 11 como nós. Injustiça tremenda. Logo a seguir, golo do empate. E aí temos de assumir mea-culpa.

Mas como a equipa estava muito forte e cheia de ganas de ganhar, poucos minutos depois o René, que já nem corria, ganhou de cabeça na área e marcou o 2-1. O árbitro, que repetimos, até para que nos ouçam, estuda no IPB, de onde é proveniente a equipa que concorrer connosco para subir de divisão e até é colega de escola de alguns jogadores do Argozelo e dos Africanos do IPB, até assinalou golo. Mas alguém faria o serviço sujo e o fiscal anulou-o. Estava a 30 metros do lance. O árbitro estava a 5. Mas achou que o fiscal seria mais capaz para avaliar.

O resto do jogo não teve muito interesse. Mal jogado, equipas à procura dos pontos e, por isso, sem privilegiar o futebol bonito, jogo muito disputado a meio-campo e o 1-1 a arrastar-se até ao intervalo. Nós, claro, completamente nervosos porque já tínhamos percebido que muito dificilmente ganharíamos. Se marcássemos, alguma coisa iriam inventar. O início do segundo tempo não foi muito diferente. Mas as melhores oportunidades eram sempre nossas. Ou melhor, não eram oportunidades, porque apesar de jogarmos bem nas costas dos defesas, o fiscal (agora o outro) assinalava sempre fora-de-jogo. Mesmo quando os nossos se isolavam na sequência de tabelas e bem vindos de trás. Assim foi uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes… até à exaustão completa e desconcentração e subida total no terreno, que o Argozelo acabaria por aproveitar para, de canto, fazer o 1-2, no segundo lance de golo que tiveram na partida.

Depois partimos com tudo para cima deles. E continuamos a ver jogadas mal invalidadas por fora-de-jogo. Na única que assim não aconteceu, o Sérgio desperdiçou na pequena área e só com o guarda-redes pela frente. Foi preciso chegarmos aos 90+3’ para o Tavinho, entrado já na segunda parte, aproveitar uma assistência do Bola, completamente isolado face a Armando, tocou para o lado e ofereceu o golo. E só não marcaram fora de jogo porque a bola vinha de um jogador do Argozelo. Senão nem assim.

Está na altura de fazer aquilo que nunca fizemos neste campeonato e dizer que não podemos tolerar aquilo a que nos sujeitaram este domingo. Ainda nunca nos queixamos, por acreditar na boa fé das pessoas e que os erros chegam na mesma medida que os benefícios. Mas desta as coisas não foram assim. E, a duas jornadas do fim do campeonato, temos de dar um murro na mesa.

PS: Ao Joel, do Argozelo, que num choque involuntário com o Stigas, partiu a tíbia, desejamos uma boa recuperação. Lamentamos o sucedido e desejamos vê-lo a competir o mais rapidamente possível.