GDC SANTA COMBA DA VILARIÇA 0-2 VILA FLOR SC

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Divisão de Honra AFB
1ª Jornada
Campo D.Lucinda de Oliveira, em Santa Comba da Vilariça
Ao intervalo: 0-1

Jogaram: Henrique; David, Saul (João Paulo Silva), Rondinele e Gabriel; Lalá, João Paulo Vaz e Toni (Fernando); Sérgio, Luís Nuno e Brown (Filipe)
Não utilizados: Tavinho e Nuno Lemos
Treinador: Rafael Pinheiro

Golos: Brown (44') e ag (55')
Cartões amarelos a: Rondinele, Gabriel e João Paulo Vaz


Dérbi, primeira jornada, regresso do Vila Flor ao distrital. À partida, só o pelado condicionava os dados de um jogo que se aguardava com expectativa, da nossa parte mais para medir o nosso real estado de forma do que propriamente porque o adversário também é do concelho. Rivalidade é coisa que, da nossa parte, não existe e, por isso, preocupamo-nos em tentar jogar como o tentaremos fazer contra qualquer adversário: bola no chão, futebol apoiado, uso recorrente do primeiro toque, velocidade e objetividade. É óbvio que um campo tão pequeno com este do Santa Comba complica muito esse desígnio e foi precisamente por isso que demoramos a adaptar-nos.

Os primeiros minutos do jogo foram muito repartidos, mas os melhores lances do jogo até foram do Santa Comba, essencialmente às custas da velocidade do Hugo Santos, formado no Vila Flor SC e sempre perigoso no ataque à nossa baliza. Na primeira vez que se isolou, permitiu uma mancha soberba ao guarda-redes Henrique. Na segunda deixou que o Saul chegasse a tempo do desarme.

Refeitos do susto e já com as medidas do campo mais encaixadas, começámos a ter mais bola, a circular melhor e mais próximos da baliza do Santa Comba, que acabou por ter no guarda-redes o homem do jogo. Os lances de perigo começaram a suceder-se. Primeiro o Luís Nuno de longe. Depois o Toni após ter driblado o guarda-redes, a seguir outra vez o Toni, de livre direto, a atirar ao poste.

Nessa fase, o Santa Comba já tinha perdido as rédeas do jogo, embora se tenha continuado a bater com valentia e alguma qualidade, especialmente nas laterais, a complicar as nossas investidas pelas alas. A experiência acabou também por nos ajudar, mas o lance que o João Paulo começa aos 44' tem muito do rasgo da qualidade que não é fácil encontrar em outras equipas. A jogada foi boa, o remate idem, mas a defesa do guarda-redes do Santa Comba também. Na recarga, porém, o Brown faz o 0-1. Tinham passado 44' e realmente não haveria melhor momento para nos adiantarmos.

A segunda parte foi completamente distinta da primeira, especialmente depois do 0-2. Até então solidificamos o nosso jogo e impedimos que o Santa Comba reagisse vigorosamente, como se esperava. Depois acabámos por ser felizes, embora o Luís Nuno tenha muito mérito na forma como forçou o auto-golo adversário. O 0-2 foi o tónico final. Não voltamos a perder o domínio da partida e partimos para bons movimentos de envolvência total, disparamos na posse de bola e nos lances de golo claros: Rondinele só com o guarda-redes, Lalá de cabeça, Luís Nuno de fora e outros não tão perigosos mas suficientes para justificar plenamente o triunfo e a margem do mesmo.

Resumidamente, ganhámos porque fomos melhores. Mas, obviamente, também era essa a nossa obrigação, pela experiência e qualidade dos nossos jogadores. O Santa Comba deixou indícios de poder roubar muitos pontos por aí e, a bem do nosso concelho, que o façam. Sem polémica, casos de maior (o Santa Comba reclamou um penálti e foi tudo) ou problemas fora do campo, o domingo à tarde deixou-nos com um dos primeiros líderes deste campeonato. O objetivo, no entanto, não é esse. É essencialmente formar um grupo novo, lançar mais gente da casa e dar seguimento à formação que temos feito, desta feita com a integração efetiva dos juniores no plantel sénior. Entre os 17 que tivemos à disposição, 9 são do concelho de Vila Flor.

Parabéns a todos. E venha a segunda jornada.


Notas ++++

Henrique - Jogou mais com os pés do que com as mãos. Não foi chamado muitas vezes a mostrar valor, mas resolveu bem tudo o que teve de resolver. A mancha logo a abrir aos pés de um adversário é muito boa.

David e Gabriel - Rigorosos a defender e sempre ativos no ataque. Um e outro ao mesmo nível: alto.

Rondinele e Saul - A estreia de uma nova dupla de centrais correu bem, apesar de dois lances a abrir em que o Santa Comba ameaçou. Depois de entrarem em jogo, ninguém mais os ultrapassou.

Lalá - Um jogo sempre a crescer, o que é normal para quem esteve um ano parado. Na segunda parte, ganhou dezenas de bolas, no ar ou no chão e também participou nos lances de ataque.

João Paulo Vaz - O mais criativo do meio-campo, nem sempre passou bem (culpa das dimensões do campo), mas foi quem mais desequilibrou e contribuiu para termos a bola quase sempre em nosso poder. O lance do primeiro golo começa em si.

Toni - Deixou que um adversário lhe roubasse um golo certo na linha de baliza, atirou ao poste a seguir. Foi um dos que mais tentou alvejar a baliza contrária.

Sérgio - Muita velocidade, mas as dimensões do campo não são para si. Perdeu um bom lance de marcar por ter tentado oferecer o golo ao colega.

Brown - Sofreu várias faltas e foi oportuno a aparecer para a recarga no 1-0. Não era titular há mais de um ano. Regresso perfeito.

Luís Nuno - Numa posição (9) que não é sempre sua, foi o mais rematador da equipa. E, nas cinco tentativas, foi perigoso em quatro. Muito bem.

Filipe - Está com atraso na preparação, mas não pareceu. Trinta minutos sem qualquer erro ou bola perdida.

João Paulo Silva - Entrou e o meio-campo não perdeu consistência. Fez a bola rolar.

Fernando - Quase o mesmo do colega, embora tenha entrado mais tarde e jogado nos dois lados. Importante também a fechar.