GD MIRANDÊS 2-1 VILA FLOR SC

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Taça AFB
1ª Eliminatória, 2ª mão
21/01/2018, pelas 14h30
Estádio Municipal de Santa Luzia, Miranda do Douro
Ao intervalo: 1-0

Vila Flor SC: Ricardo Reis; Saul, Richard, Filipe Quintas, Gabriel Santos; Gaby Martins, Otávio, Filipe Araújo; Kessler (Daniel 81'), Juninho (Gabriel Camargos 90'), Kojo (Ricardo Pereira 90+4')
Não utilizados: Paulo Ravanelli, José Guedes e Ramon
Treinador: Nuno Lima
Treinadora adjunta: Catarina Carvalho

Golo: Kojo (80')

Estamos nos quartos-de-final! Estamos apurados! E com muito mérito, pois em 180 minutos de jogo nunca estivemos em desvantagem na eliminatória. O triunfo em casa por 1-0 acabou por ser decisivo, tendo em conta que agora perdemos por 2-1. Valeu o golo fora e a consistência em casa. E valeu também o Kojo, que marcou os dois golos desta eliminatória. Mas já lá vamos. Primeiro, frisar novamente a justiça do apuramento. Defendemos mais do que o Mirandês? Sim. Mas isso é porque estávamos em vantagem e fizemos por lá chegar.

Na realidade, nunca fomos verdadeiramente massacrados pelo rival, ainda que os adeptos do Mirandês e o clube em si tentem passar essa ideia. Não fomos, de forma nenhuma. O Mirandês teve mais posse de bola e começou o jogo a acercar-se da nossa baliza, mas sem nenhuma ocasião real de golo além de um ou outro remate, uma ou outra bola parada. Tivemos o jogo sempre controlado e, pouco a pouco, confortáveis no jogo, fomos esticando e até tivemos o lance mais claro do primeiro período, numa grande defesa de Lama após remate de Kojo. Infelizmente e contra o controlo do Vila Flor, o Mirandês fez o 1-0 numa bola parada a cinco minutos do intervalo. Marcou Tiago Antunes (sim, continua a jogar apesar de ter um jogo de castigo para cumprir...) e o Mirandês chegou ao intervalo com a eliminatória igualada. Tinham sido melhores, mas marcaram sem o justificar.

Começamos o segundo tempo da mesma forma que terminamos o primeiro, ainda que sem desatenções fatais. E continuamos a controlar, a ter bola em vários momentos e a espreitar alguns contra-ataques para que pudéssemos sentenciar de vez a eliminatória. Isso não foi possível mas, como o vídeo do golo prova, nunca quisemos o prolongamento nem os penáltis. E foi assim que, na sequência de uma boa pressão coletiva, concretizada no roubo de bola do Filipe Araújo, que empatamos. Remate pronto de fora da área e o Kojo acredita na defesa incompleta do Lama para fazer o 1-1 que, a 10 minutos do fim, praticamente nos apurava.

Com vantagem larga na eliminatória, o treinador Nuno Lima lança o Daniel para fechar melhor a defesa, mas logo de seguida, nova bola parada, e Michel (que sai desta eliminatória provavelmente como o jogador que mais nos insultou e mal tratou) fez o 2-1 e devolveu a esperança ao Mirandês. Sobravam oito minutos + tempo de descontos, mas o Mirandês não voltou a arranhar nem a ameaçar seriamente a nossa baliza.

No final, a festa foi nossa, o mau perder foi do Mirandês. Insultos, agressões (Michel ao nosso treinador), cuspidelas, maus tratos e intimidação. Típico de quem não sabe perder. Na Taça, para já, não voltam a incomodar.

Parabéns a todos

Um clube, um concelho
#VilaFlorSomosTodos




O árbitro: Rui Paulo apitou o jogo mais importante da ronda de Taça e fê-lo de forma positiva, com alguns erros, mas com o benefício da dúvida porque não foi fácil apitar num clima deintimidação constante. Não cedeu ás pressões e no capítulo técnico ajuizou bem os dois penáltis que o Mirandês reclamou. Um deles é bola na mão, o outro a falta é fora da área. Pecou no capítulo disciplinar. Devia expulsar Michel, que agrediu o nosso treinador.




DESTAQUES

* Filipe Araújo - Incansável na pressão e a tentar jogar, o nosso golo nasce de uma insistência sua, da frescura física no pressing e da inteligência no desarme. Depois soltou remate e o Kojo confirmou o golo. Exibição muito equilibrada.

* Kojo - Os dois golos do Vila Flor nesta eliminatória são seus. Hoje marcou na recarga a uma defesa incompleta de Lama, provando atenção e faro pelo golo. Antes já havia disposto do melhor remate do jogo.

* Má educação do adversário - Agressões, insultos, cuspidelas e má educação constante, num clima de intimidação e pressão que, felizmente, não deu resultado. As atitudes ficam para quem as toma, mas fica mal a jogadores experientes e que já ganharam tanto portarem-se com nível tão baixo. Aos adeptos também, embora estes tenham alguma desculpa.