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Divisão de Honra, AFB
22ª e última jornada
Estádio Municipal de Vila Flor
Ao intervalo: 1-1
Jogaram: Mário, Saul, Bola, Rafael Santana e Stigas; Lalá (Tavinho), Luiz Henrique, Guga (Filipe), Zé Carvalho, Marco Fontoura e René
Não utilizados: Henrique, Brown, Gabriel Rossi e Sérgio
Treinador: Gilberto Gomes
Golos: Zé Carvalho(2) e Lalá
SOMOS CAMPEÕES!!!
Melhor, só a pedido. Dificilmente este título distrital, primeiro na história do clube, podia ter sabido melhor. Estivemos 21 jornadas atrás, e só nos tornamos líderes a 10 minutos do fim...da época. Jogamos em casa, tivemos a maior enchente de sempre e o jogo teve golos, emoção, sabor e barulho. Tarde perfeita. Época inesquecível.
Na semana anterior, o treinador
Gilberto Gomes tinha dito que este era um jogo para homens de barba rija e só depois do mesmo poderia saber se os tinha ou não. Não restaram dúvidas. Há homens de barba rija no
Vila Flor. Há gente de crença, de garra, de ambição. E só por isso conseguimos virar um resultados negativo (0-1) para o 3-2 do nosso contentamento.
A bem da verdade devemos dizer que fomos muito superiores aos Africanos de Bragança. Muito, muito, muito. Bola foi sempre nossa, oportunidades também, domínio idem, qualidade nem se fala.
Por isso empatamos ainda antes do intervalo, já depois do
René ter desperdiçado um golo isolado e do
Zé Carvalho ter atirado á trave uma bola que na devolução ainda bateu na cabeça do guarda-redes
Zé Luís e depois foi para fora. A seguir, numa jogada de enorme confusão, o
Zé carvalho, ás três tabelas e depois de uma série de remates que parecia um jogo de matraquilos, lá meteu a bola dentro: 1-1 e primeiros gritos de euforia no estádio.
O intervalo foi bom conselheiro. Regressámos ainda melhor, com mais bola, organização e oportunidades. Primeiro
René à trave. Depois alguns bons remates fora da área. A seguir o
Lalá, num pontapé de ressaca a fazer o 2-1. Estávamos a meio do segundo tempo e o sonho era cada vez mais real. Mas
Jannichel, um dos melhores africanos, voltou a marcar de cabeça na terceira vez que o rival foi à nossa baliza, sempre de bola parada. Banho de água fria, desilusão nas bancadas e só dois grupos acreditaram mesmo que ainda era possível retomar a vantagem: os
Ultras Vilaflorenses, que nunca se calaram, e os jogadores, que voltaram para cima do adversário. Entretanto, Gilberto Gomes lançou
Tavinho e redimensionou o ataque. E numa jogada de insistência, numa desmarcação perfeita, o
Zé Carvalho voltou a aparecer para fazer o golo mais importante da história do clube. Faltavam menos de 15 minutos e agora só tínhamos de segurar como antes não conseguimos.
A expulsão do
Marito retirou qualquer esperança que os Africanos pudessem ter. Sem o melhor jogador e o único que faz a ligação defesa-ataque, viram-se obrigados ao futebol direto. Nessa fase, já com o
Filipe em campo, ganhamos tudo no ar e também pelo chão. A motivação permitia que houvesse sempre mais um esforço a dar para ganhar as segundas bolas. E assim gerimos até ao apito final e à euforia desmedida no estádio municipal, com mais de
500 vilaflorenses nas bancadas (africanos eram 150) e a maioria deles a fazer invasão de campo no final, subtraindo as camisolas dos heróis e participando da forma que desejávamos nesta festa tremenda, da qual serão publicadas fotografias e vídeos brevemente, bem como, aliás, da marcha triunfal pelas ruas da vila.
Aos
Africanos, que dispuraram a subida connosco até ao final, temos a deixar os parabéns. Mas saímos com a clara sensação de que fomos e somos melhores.
Recuperamos 11 pontos em 10 jogos e isso é muito meritório. Fizemos, na segunda volta,
mais oito pontos do que na primeira, o que prova uma evolução notával a todos os níveis.
Parabéns também ao
GD Moncorvo e Minas de Argozelo, que disputaram igualmente o título até à penúltima jornada. Parabéns ao
GD Bragança B, que com a equipa mais jovem de todas praticou futebol de enorme qualidade e conseguiu resultados notáveis. Parabéns ao
Rebordelo, Mirandês e FC Vinhais, que foram grandes adversários e equipas muito difíceis de bater. Parabéns ao
Vimioso, Alfandeguense e Mãe D'Água, por nunca terem desistido mesmo perante tantos problemas e conseguiram, todas sem exceção, roubar pontos às equipas da frente.
Os maiores parabéns ficam, no entanto, para os jogadores do VILA FLOR SC, equipa técnica, direção e todos os vilaflorenses que, ao longo de tantos meses, sempre acreditaram. Especialmente aos ULTRAS VILAFLORENSES, a melhor claque do Mundo e um autêntico 12º jogador.
OBRIGADO A TODOS POR TUDO