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Campeonato Nacional de Seniores
Série C
11ª Jornada
Jogo no Parque Silva Matos - Vila Nova de Gaia
Ao intervalo: 2-3
Árbitro: Diogo Pinto (AF Viana do Castelo)
Árbitros Auxiliares: Paulo Vieira e Ricardo Valente
SC COIMBRÕES: Ivo; Brandão, Nando, Joel (Cap.) e
Sardinha (68' Pedro Tavares); Costa, Paulinho Teixeira e Vítor Silva (Diogo Costa, 17');
Nuno Pinto (84' Oliveira), Miguel e Fábio Rola.
Não utilizados: Miguel Guedes, Basílio, Filipe Cardoso e Morgado
Treinador: José Bizarro
VILA FLOR SC: Henrique, Saul, David, Soro, Stigas (70' Chico Ló); Luiz Henrique, João Paulo, Marco Fontoura (84' João Costa); Panin, Turé e Marito (61' Jerome).
Não utilizados: Luís, Guga, Fernando e Xavier.
Treinador: Gilberto Gomes
Golos: Paulinho Teixeira (9'. g.p., 51' g.p. e 77') e Miguel (28' e 54'); Panin (2'), Marito (21'), Saul (43') e Jerome (74').
Cartões amarelos a: Brandão (5' e 14') e Nando (76'); David (8'), Marito (38'), João Paulo
(72') e João Costa (84')
Cartão vermelho a: Brandão (14')
Marcamos quatro golos fora, estivemos quase sempre a ganhar, jogamos 76' contra menos um jogador, metemos duas bolas no ferro, falhámos um penálti já nos descontos e ainda perdemos.
Incrível não é? Podem também chamar-lhe anedótico. Num dos melhores jogos ofensivos que fizemos, borrámos a pintura cá atrás. Sofremos cinco golos em seis remates do
Coimbrões à baliza. E só num por mérito do adversário. Ridículo.
O jogo começou com o
Panin (novidade no onze) a marcar um grande golo: vindo da esquerda para o meio, remate na quina da área ao poste contrário: 0-1 para nós e grande surpresa no
Parque Silva Matos, em que o Coimbrões inaugurava o
novo sintético. Mas como não há festa sem palhaço, nós fomos o de serviço. Pelo que fizemos e até pelo que o árbitro nos fez: o Coimbrões, duro como poucos outros adversários, distribuiu porrada como ninguém. Só o lateral direito improvisado após a expulsão de
Brandão devia ter sido expulso várias vezes. Logo na resposta, o
David tem a bola, tenta sair a jogar, perde e faz penálti: 1-1. Reagimos de imediato e sacamos a expulsão do
Brandão. Um golo de
Marito na sequência de livre cobrado por
Fontoura deixava-nos a ganhar. Com um homem a menos, o jogo era nosso. Puro engano.
Depois do erro do
David, seguiu-se o do
Saul. Bola facilmente controlável, adversário ganha-lhe as costas e o está feito o 2-2 na cara de
Henrique. Novamente o
Vila Flor atrás do prejuízo o que, com um homem a mais, garantiu sempre muitas oportunidades de golo. Como uma em que
Turé, primeiro, e
Marito, depois, permitem que o gaiense tire a bola duas vezes sobre a linha de golo. Na seguinte, golo do Saul, a limpar a borrada anterior. Canto de
Fontoura, má saída de Ivo que com uma patada deixa a bola escpara para o segundo poste onde o nosso capitão só tem de cabecear e empurrar. Até ao intervalo, o tal lateral ainda conseguiu derrubar o
Marito quando este seguia em excelente posição. Lesionou-o, o árbitro marcou falta mas não sacou de cartão. Fez pior, nem sequer deixou cobrar a falta. Intervalo.
O reatar foi um pesadelo. Em 10 minutos, o
Coimbrões fez dois golos: o primeiro de
penálti depois da bola resvalar na mão do
Turé. Se não fosse assim seria golo. Bem assinalado, portanto. Três minutos depois, desatenção coletiva da defesa e o
Miguel a entrar entre esta ficando novamente no 1x1 com
Henrique: 3-4 e reviravolta consumada para surpresa de quem assistia ao jogo e só via o
Vila Flor melhor. Os 20 minutos que se seguiram foram penosos, mas o golo de
Jerome (grande golo de forma acrobática) deu-nos o ânimo suficiente para procurar a vitória. Contudo, num aliviar de bola para ninguém, o Coimbrões mete na cabeça do
Saul, que alivia mesmo para a frente e deixa a bola a saltar na meia lua, mesmo a pedir ao
Paulinho para encher o pé. Encheu e a bola entrou. Grande golo,
Henrique sem hipóteses e novamente o
Coimbrões na frente.
Os últimos 13 minutos foram hitchcokianos. Primeiro um remate à meia volta do
Turé que o guarda-redes do Coimbrões defendeu contra o poste. Depois o
João Paulo, completamente isolado sobre a marca do penálti a atirar ao lado. A seguir o
João Costa, que num cruzamento/remate para o
Turé também atira ao poste. E aos 91', o pior de todos.
Jerome atira um penálti para as nuvens. Fim do jogo. Inglório, inacreditável, injusto, mas real. E está tudo dito. Melhor, só visto.
Notas +++++
Panin - O melhor em campo. Partiu os laterais do Coimbrões vezes sem conta, arrancou uma expulsão e não arrancou mais porque o árbitro não quis, tal a quantidade de porrada que levou, especialmente pela velocidade e imprevisibilidade que impôs a cada lance. Excelente golo logo a abrir e muito perigo a seguir.
Fontoura - Sem se notar muito sem bola, esteve em dois dos golos da nossa equipa. E isso vale destaque.
Marito - Como extremo improvisado, não deslustrou. Um golo marcado (estreia), está na jogada de outro e participou sempre também no processo defensivo, fechando bem e estancando o Coimbrões pela sua ala.